Total sales, in BILLIONS
See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   HomeAlso: two versions of Jonah and the whale, Pedras Portuguêsas.
01/10/07, Thom Shanker, U.S. Is Top Arms Seller to Developing World, Source.
01/10/07, Walt Bogdanich, The Everyman Who Exposed Tainted Toothpaste, Source.
Later on I will post a few chapters of Schumacher's Small is Beautiful which apply here - particularly the Epilogue.
BILLIONS (!)
is a word that should boggle the mind - being, as it is, simply beyond our range; but it doesn't, ho hum, oh well ...
Let's start with this; one of the texts that Schumacher refers to:
Wherefore, if God so clothe the grass of the field, which to day is, and to morrow is cast into the oven, shall he not much more clothe you, O ye of little faith? Therefore take no thought, saying, What shall we eat? or, What shall we drink? or, Wherewithal shall we be clothed? (For after all these things do the Gentiles seek:) for your heavenly Father knoweth that ye have need of all these things. But seek ye first the kingdom of God, and his righteousness; and all these things shall be added unto you. Take therefore no thought for the morrow: for the morrow shall take thought for the things of itself. Sufficient unto the day is the evil thereof. | Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. |
Matthew 6, 30&ff.
It should be easy to scan the pages and convert them to text with Adobe's OCR, but it is not. I would probably be better typing it in; but I will give it another try tomorrow.
Two more tries - nothing doing with this OCR/scanner combo. Maybe I will type it in later ...
O negócio é ser pequeno Epílogo | Small Is Beautiful Epilogue | |
Na excitação em torno do desenrolar de suas potencialidades científicas e técnicas, o homem moderno construiu um sistema de produção que violenta a natureza e um tipo de sociedade que mutila o homem. Se ao menos houvesse cada vez mais riqueza, pensou-se tudo se ajustaria. O dinheiro é considerado onipotente; se não pudesse realmente comprar valores imateriais, como justiça, harmonia, beleza ou mesmo saúde, poderia burlar a necessidade destes ou compensar sua perda. O progresso da produção e a aquisição de riqueza, assim, tornaram-se as mais elevadas metas, do mundo moderno com referência às quais todas as outras, nao importa quanto ainda se fale delas da boca para fora, acabaram por ficar em segundo plano. As metas mais elevadas nao precisam de justificativa; todas as secundárias têm, em última instância, de se justificar em função do serviço que sua consecuçao presta à consecução das mais elevadas. | In the excitement over the unfolding of his scientific and technical powers, modern man has built a system of production that ravishes nature and a type of society that mutilates man. If only there were more and more wealth, everything else, it is thought, would fall into place. Money is considered to be all-powerful; if it could not actually buy non-material values, such as justice, harmony, beauty or even health, it could circumvent the need for them or compensate for their loss. The development of production and the acquisition of wealth have thus become the highest goals of the modern world in relation to which all other goals, no matter how much lip-service may still be paid to them, have come to take second place. The highest goals require no justification; all secondary goals have finally to justify themselves in terms of the service their attainment renders to the attainment of the highest. | |
Esta é a filosofia do materialismo e é esta filosofia - ou metafísica - que está sendo agora contestada pelos acontecimentos. Nunca houve época, em qualquer sociedade de qualquer parte do mundo, sem seus sábios e seus mestres para contestarem o materialismo e pleitear uma ordem diferente de prioridades. As linguagens variaram, os símbolos diferem, mas a mensagem tem sempre sido a mesma: "Buscai primeiro o reino de Deus e todas estas coisas (as coisas materiais de que também se precisa) vos serão acrescentadas." Elas serão acrescentadas, é-nos dito, aqui na terra onde necessitamos delas, não meramente em uma outra vida além de nossa imaginação. Hoje, entretanto, essa mensagem não nos provém unicamente dos sábios e santos mas do curso concreto dos acontecimentos físicos. Ela expressa-se na linguagem do terrorismo, genocídio, desintegração, poluição, exaustão. Vivemos, parece, um período de convergência sem paralelo. Está ficando evidente que há não só uma promessa mas também uma ameaça nessas espantosas palavras acerca do reino de Deus - a ameaça de que "a menos que procureis primeiro o reino, estas outras coisas, de que também precisais, deixarão de vos ser acessíveis." Como um autor recente expressou, com relação à economia e política mas, não obstante, numa alusão direta à situação do mundo moderno: | This is the philosophy of materialism, and it is this philosophy - or metaphysic - which is now being challenged by events. There has never been a time, in any society in any part of the world, without its sages and teachers to challenge materialism and plead for a different order of priorities. The languages have differed, the symbols have varied, yet the message has always been the same: 'seek ye first the kingdom of God, and these things (the material things which you also need) shall be added unto you.' They shall be added, we are told, here on earth where we need them, not simply in an after-life beyond our imagination. Today, however, this message reaches us not solely from the sages and saints but from the actual course of physical events. It speaks to us in the language of terrorism, genocide, breakdown, pollution, exhaustion. We live, it seems in a unique period of convergence. It is becoming apparent that there is not only a promise but also a threat in those astonishing words about the kingdom of God - the threat that 'unless you seek first the kingdom, these other things, which you also need, will cease to be available to you'. As a recent writer put it, without reference to economics and politics but nonetheless with direct reference to the condition of the modern world: | |
"Se é possível dizer-se que o homem coletivamente se afasta cada vez mais da Verdade, também pode ser dito que de todos os lados a Verdade está acercando-se cada vez mais do homem. Quase poderia ser dito que, a fim de receber o contato d'Ela, o que no passado exigia uma vida inteira de esforço, tudo o que agora se lhe pede é para não se esquivar. E, no entanto, como isso é difícil!" | 'If it can be said that man collectively shrinks back more and more from the Truth, it can also be said that on all sides the Truth is closing in more and more upon man. It might almost be said that, in order to receive a touch of It, which in the past required a lifetime of effort, all that is asked of him now is not to shrink back. And yet how difficult that is! | |
Esquivamo-nos da verdade se acreditamos que as forças destruidoras do mundo moderno podem ser "colocadas sob controle" simplesmente mobilizando-se mais recursos - de riqueza, educação e pesquisa - para combater a poluição, preservar a vida selvagem, descobrir novas fontes de energia e chegar a acordos mais efetivos quanto à coexistência pacífica. Não é mister dizer que riqueza, educação, pesquisa e muitas outras coisas são necessárias a qualquer civilização, mas o que é mais importante hoje em dia é uma revisão dos fins que esses meios se propõem servir. E isto implica, sobretudo, a criação de um estilo de vida que atribua às coisas materiais seu lugar apropriado, legítimo, que é secundário e não primário. | We shrink back from the truth if we believe that the destructive forces of the modern world can be 'brought under control' simply by mobilising more resources - of wealth, education, and research - to fight pollution, to preserve wildlife, to discover new sources of energy, and to arrive at more effective agreements on peaceful coexistence. Needless to say, wealth, education, research, and many other things are needed for any civilisation, but what is most needed today is a revision of the ends which these means are meant to serve. And this implies, above all else, the development of a life-style which accords to material things their proper, legitimate place, which is secondary and not primary. | |
A "lógica da produção" não é a lógica da vida nem da sociedade. É uma pequena parte subalterna de ambas. As forças destruidoras desencadeadas por ela não podem ser controladas, salvo se a própria "lógica da produção" for controlada - de modo a que tais forças deixem de ser desencadeadas. É de pouca utilidade tentar suprimir o terrorismo se a produção de artefatos mortíferos continuar sendo considerada um emprego legítimo dos poderes criadores do homem. Nem pode a luta contra a poluição ser bem sucedida se os modelos de produção e consumo continuarem a existir numa escala, complexidade e grau de violência que, conforme está ficando cada vez mais evidente, não se enquadram nas leis do universo a que o homem está tão sujeito quanto o restante da criação. Tampouco existirá a possibilidade de reduzir a taxa de esgotamento de recursos ou de criar harmonia nas lelações entre os que possuem e os que não possuem riqueza e poder enquanto não existir em parte alguma a idéia de que ter o bastante é bom e ter mais do que o bastante é mau. | The 'logic of production' is neither the logic of life nor that of society. It is a small and subservient part of both. The destructive forces unleashed by it cannot be brought under control, unless the 'logic of production' itself is brought under control- so that destructive forces cease to be unleashed. It is of little use trying to suppress terrorism if the production of deadly devices continues to be deemed a legitimate employment of man's creative powers. Nor can the fight against pollution be successful if the patterns of production and consumption continue to be of a scale, a complexity, and a degree of violence which, as is becoming more and more apparent, do not fit into the laws of the universe, to which man is just as much subject as the rest of creation. Equally, the chance of mitigating the rate of resource depletion or of bringing harmony into the relationships between those in possession of wealth and power and those without is nonexistent as long as there is no idea anywhere of enough being good and more-than-enough being of evil. | |
É sintoma esperançoso alguma consciência desses problemas mais profundos estar gradativamente - embora com excessiva cautela - encontrando expressão até em algumas manifestações oficiais e semi-oficiais. Um relatório escrito por uma comissão a pedido do Secretário de Estado para o Meio-Ambiente, fala de se comprar tempo durante o qual as sociedades tecnologicamente evoluídas disponham de oportunidade "para rever seus valores e modificar seus objetivos políticos". É uma questão de "escolhas morais", diz o relatório; "nenhuma quantidade de cálculos por si só pode proporcionar as respostas ... A impugnação fundamental dos valores convencionais por jovens no mundo inteiro é um sintoma da intranqüilidade generalizada com que é vista cada vez mais nossa civilização industrial". A poluição tem de ser controlada e a população e o consumo de recursos do mundo devem ser orientados para um equilíbrio permanente e sustentável. "Se isso não for feito, mais cedo ou mais tarde - e algums crêem restar pouco tempo - a queda da civilização não será um tema de ficção científica. Será a experiência de nosses filhos e netos." | It is a hopeful sign that some awareness of these deeper issues is gradually - if exceedingly cautiously - finding expression even in some official and semi-official utterances. A report, written by a committee at the request of the Secretary of State for the Environment, talks about buying time during which technologically developed societies have an opportunity 'to revise their values and to change their political objectives'. It is a matter of 'moral choices', says the report; 'no amount of calculation can alone provide the answers ... The fundamental questioning of conventional values by young people all over the world is a symptom of the widespread unease with which our industrial civilisation is increasingly regarded.' Pollution must be brought under control and mankind's population and consumption of resources must be steered towards a permanent and sustainable equilibrium. 'Unless this is done, sooner or later - and some believe that there is little time left - the downfall of civilisation will not be a matter of science fiction. It will be the experience of our children and grand-children. | |
Mas como fazer isso? O que são "escolhas morais"? Trata-se somente de uma questão, como o relatório também insinua, de resolver "quanto estamos dispostos a pagar por um ambiente limpo?" A humanidade tem com efeito certa liberdade de escolha: não está presa a tendências, pela "lógica da produção" ou por qualquer outra lógica fragmentária. Mas está presa à verdade. Só no serviço da verdade acha-se a liberdade perfeita e mesmo os que hoje nos pedem "para libertar nossa imaginação da servidão ao sistema existente" deixam de mostrar o caminho para reconhecer a verdade. | But how is it to be done? What are the 'moral choices'? Is it just a matter, as the report also suggests, of deciding 'how much we are willing to pay for ~lean surroundings?' Mankind .has indeed a certain freedom of choice: it is not bound by trends, by the 'logic of production', or by any other fragmentary logic. But it is bound by truth. Only in the service of truth is perfect freedom, and even those who today ask us 'to free our imagination from bondage to the existing system' fail to point the way to the recognition of truth. | |
É improvável que o homem do século XX seja convocado a descobrir alguma verdade que não foi descoberta antes. Na tradição cristã, como em todas as tradições genuínas da humanidade, a verdade foi enunciada em termos religiosos, uma linguagem que se tornou quase incomprensível para a maioria dos homens modernos. A linguagem pode ser revista e há autores contemporâneos que o fizeram, ao mesmo tempo que deixam inviolada a verdade. Da totalidade da tradição cristã, quiçá não haja um corpo de ensinamentos mais relevante e apropriado ao transe contemporâneo do que as doutrinas maravilhosamente sutis e realistas das Quatro Virtudes Cardiais - prudentia, justitia, fortitudo e temperantía. | It is hardly likely that twentieth-century man is called upon to discover truth that had never been discovered before. In the Christian tradition, as in all genuine traditions of mankind, the truth has been stated in religious terms, a language which has become well-nigh incomprehensible to the majority of modern men. The language can be revised, and there are contemporary writers who have done so, while leaving the truth inviolate, but of the whole Christian tradition, there is perhaps no body of teaching which is more relevant and appropriate to the modern predicament than the marvellously subtle and realistic doctrines of the Four Cardinal Virtues - prudentia, justitia, fortitudo and temperantia. | |
O sentido de prudentia, significativamente chamada de "mãe" de todas as outras virtudes - prudentia dicitur genitrix virtutum - não é comunicada pela palavra prudência, comumente usada. Ela significa o oposto de uma atitude mesquinha e calculista, que se recusa a ver e valorizar qualquer coisa que não prometa uma vantagem utilitarista imediata. | The meaning of prudentia, significantly called the 'mother' of all other virtues - prudentia dicitur genitrix virtutum - is not conveyed by the word prudence, as currently used. It signifies the opposite of a small, mean, calculating attitude to life, which refuses to see and value anything· that fails to promise an immediate utilitarian advantage. | |
"A preeminência da prudência significa que a compreensão do bem pressupõe o conhecimento da realidade. Só pode fazer o bem aquele que sabe o que as coisas são e como a situação está. A relevância da prudência significa que as chamadas "boas intenções" e o chamado "bem intencionado" de forma alguma são suficientes. A comprensão do bem pressupõe que nossas ações são apropriadas à situação real, isto é, às realidades concretas que formam o 'ambiente' de uma ação humana concreta; e que, portanto, levamos essa realidade concreta a sério, com objetividade lúcida." | 'The pre-eminence of prudence means that realisation of the good presupposes knowledge of reality. He alone can do good who knows what things are like and what their situation is. The pre-eminence of prudence means that so-called 'good intentions' and so-called 'meaning well' by no means suffice. Realisation of the good pre-supposes that our actions are appropriate to the real situation, that is to the concrete realities which form the "environment" of a concrete human action; and that we therefore take this concrete reality seriously, with clear-eyed objectivity.' | |
Essa objetividade lúcida, todavia, só pode ser alcançada e a prudência só pode ser aperfeiçoada por uma atitude de "contemplação silenciosa" da realidade, durante a qual os interesses egocêntricos do homem sejam ao menos temporariamente silenciados. | This clear-eyed objectivity, however, cannot be achieved and prudence cannot be perfected except by an attitude of 'silent contemplation' of reality, during which the egocentric interests of man are at least temporarily silenced. | |
Só baseados nesse gênero magnânimo de prudência podemos alcançar justiça, força moral e temperantia, que quer dizer saber quando chega. "A prudência subentende uma transformação do conhecimento da verdade em decisões correspondendo à realidade." O que, portanto, poderia ser de maior importância hoje do que o estudo e cultivo da prudência, que quase inevitavelmente leva a uma verdadeira compreensão das três outras virtudes cardiais, todas elas indispensáveis à sobrevivência da civilização? | Only on the basis of this magnanimous kind of prudence can we achieve justice, fortitude and temperantia, which means knowing when enough is enough. 'Prudence implies a transformation of the knowledge of truth into decisions corresponding to reality.' What, therefore, could be of greater importance today than the study and cultivation of prudence, which would almost inevitably lead to a real understanding of the three other cardinal virtues, all of which are indispensable for the survival of civilisation? | |
A justiça relaciona-se com a verdade, a força moral com a bondade, e a temperança com a beleza; enquanto a prudência, em certo sentido, abrange todas as três. O tipo de realismo que se comporta como se o bem, a verdade e a beleza fossem conceitos por demais vagos e subjetivos para serem adotados como as mais elevadas metas da vida social ou individual, ou fossem o modo automático de sustar a busca bem sucedida de riqueza e poder, foi apropriadamente chamado de "realismo biruta". Em toda parte as pessoas perguntam: "O que posso de fato fazer?" A resposta é tão simples quanto desconcertante: podemos, cada um de nós, pôr nossa própria casa interior em ordem. A orientação de que carecemos para esse trabalho não pode ser encontrada na ciência ou na tecnologia, cujo valor depende profundamente dos fins a que servem; mas ainda pode ser encontrada na tradicional sabedoria da humanidade. | Justice relates to truth, fortitude to goodness, and temperantia to beauty; while prudence, in a sense, comprises all three. The type of realism which behaves as if the good, the true, and the beautiful were too vague and subjective to be adopted as the highest aims of social or individual life, or were the automatic spin-off of the successful pursuit of wealth and power, has been aptly called 'crackpot-realism'. Everywhere people ask: 'What can I actually do?' The answer is as simple as it is disconcerting: we can, each of us, work to put our own inner house in order. The guidance we need for this work cannot be found in science or technology, the value of which utterly depends on the ends they serve; but it can still be found in the traditional wisdom of mankind. |
Down.