Angra 3
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Jornal do Brasil, 24 de abril de 2007
Fernando Exman, Lula decide concluir usina nuclear Angra 3.
Brasília. Fonte do primeiro escalão do governo federal revelou ao JB que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu concluir a construção da usina nuclear Angra 3. A decisão foi tomada na semana passada, em reunião do presidente com os ministros que debatem o tema. E deve ser referendada na semana que vem pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE). Devido ao impasse existente até a semana passada no governo, a reunião do CNPE foi adiada duas vezes.
Estatal do Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem um estudo que cita Angra 3 entre os projetos necessários para que o Brasil não volte a enfrentar racionamentos de eletricidade no futuro.
- O presidente disse que o Brasil tem tecnologia e a sexta maior reserva de minério de urânio do mundo - declarou ontem a graduada fonte, sob a condição do anonimato.
Segundo a Eletronuclear, estatal responsável pelos projetos brasileiros de energia nuclear, Angra 3 demandaria investimentos de R$ 7 bilhões. Inicialmente, a empresa deve, se liberada a conclusão das obras, procurar parceiros privados para executar o projeto. Parte dos equipamentos da usina já foi adquirida pelo país. O governo gasta US$ 20 milhões por ano só para manter as máquinas em condições de uso, além de pagar seguro, inspeções e outros custos operacionais. Comprados em 1999, os equipamentos custaram US$ 750 milhões na época.
O governo excluiu Angra 3 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em audiência pública realizada pelo Senado no mês passado, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, se a construção fosse aprovada, a usina seria incluída num "programa nuclear brasileiro". Na ocasião, Dilma afirmou também que, apesar de o Ministério de Minas e Energia defender a retomada da construção da usina nuclear, o governo ainda não havia liberado as obras porque analisava aspectos estratégicos e ambientais. Em outra audiência pública no Senado, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, revelou ser favorável à conclusão da obra, já que agora haveria consenso de que o preço da energia gerada por Angra 3 ficará na média do mercado, tornando a usina competitiva. O preço médio do MWh das usinas térmicas vencedoras do leilão de contratos de fornecimento de energia a partir de 2011 alcançou R$ 137,44.
Tags: Angra.
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Jornal do Brasil, 24 de abril de 2007
Fernando Exman, Lula decide concluir usina nuclear Angra 3.
Brasília. Fonte do primeiro escalão do governo federal revelou ao JB que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu concluir a construção da usina nuclear Angra 3. A decisão foi tomada na semana passada, em reunião do presidente com os ministros que debatem o tema. E deve ser referendada na semana que vem pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE). Devido ao impasse existente até a semana passada no governo, a reunião do CNPE foi adiada duas vezes.
Estatal do Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem um estudo que cita Angra 3 entre os projetos necessários para que o Brasil não volte a enfrentar racionamentos de eletricidade no futuro.
- O presidente disse que o Brasil tem tecnologia e a sexta maior reserva de minério de urânio do mundo - declarou ontem a graduada fonte, sob a condição do anonimato.
Segundo a Eletronuclear, estatal responsável pelos projetos brasileiros de energia nuclear, Angra 3 demandaria investimentos de R$ 7 bilhões. Inicialmente, a empresa deve, se liberada a conclusão das obras, procurar parceiros privados para executar o projeto. Parte dos equipamentos da usina já foi adquirida pelo país. O governo gasta US$ 20 milhões por ano só para manter as máquinas em condições de uso, além de pagar seguro, inspeções e outros custos operacionais. Comprados em 1999, os equipamentos custaram US$ 750 milhões na época.
O governo excluiu Angra 3 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em audiência pública realizada pelo Senado no mês passado, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, se a construção fosse aprovada, a usina seria incluída num "programa nuclear brasileiro". Na ocasião, Dilma afirmou também que, apesar de o Ministério de Minas e Energia defender a retomada da construção da usina nuclear, o governo ainda não havia liberado as obras porque analisava aspectos estratégicos e ambientais. Em outra audiência pública no Senado, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, revelou ser favorável à conclusão da obra, já que agora haveria consenso de que o preço da energia gerada por Angra 3 ficará na média do mercado, tornando a usina competitiva. O preço médio do MWh das usinas térmicas vencedoras do leilão de contratos de fornecimento de energia a partir de 2011 alcançou R$ 137,44.
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