terça-feira, junho 26, 2007

Guaraná

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

Guaraná Quem é o que é sabe o que querGuaraná Quem é o que é sabe o que quer
Quem é o que é sabe o que quer.

Who is what they are knows what they want.


(left on Rua Tonelero, Copacabana; right on Rua Miguel Frias, Icaraí)

This ad showed up just about everywhere on the street for a week or so, maybe two weeks, so I got interested and went looking for it on the internet but could not find it there (strange ... ?), then last night I got the bright idea to take a few pictures - and this morning it has (apparently everywhere) disappeared!?

Guaraná é o que éWikipedia (português), Wikipedia (english), Guaraná Antarctica.

Like the ginger in gingerale it is actually good for something but has been devalued by association, the brand grows and the reality contracts. How much actual guaraná is now included is hard to say, probably not much. Antartica in português is 'Antártida', gets confusing this brand name advertising thing.

A Lenda do Guaraná. The Legend of Guaraná.
As tribos de Munducurucânia eram os mais prósperos dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram boas, os peixes os melhores e a doença era rara. Era um bem-estar danado! Tudo isso por causo de um curumim (índio pequeno), que há alguns anos nascera naquela tribo. EEE
Ele era o mais protegido de todos. Nas pescas era acompanhado por muitos - os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo. Mas, certo dia, toda a segurança foi burlada: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. A tribo entrou em lamentação e em desespero. EEE
Tupã, o Deus dos índios atendeu todo aquele lamento e disse:
- Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a "planta da vida", ela dará força os jovens e revigorará os velhos.
 EEE
Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatros luas. EEE
Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os muscúlos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivas. EEE
Diziam os índios:
- É a multiplicação dos olhos do príncipe!
 
E o fruto trouxe progreso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros. EEE

Tags: , .
Down.

sábado, junho 23, 2007

Radicals / Rebeldes

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

This is nonsense (bobeira total!), but it is very revealing nonsense (a kernel of truth in a bushel of it, as it were), and I like where it goes.

Olavo de Carvalho
"Grande ou pequeno, moderado ou extremado, todo rebelde anticapitalista, sem exceção, é um farsante - não só nas suas atitudes exteriores, mas na base mesma da sua personalidade, na raiz do seu estilo de vida."

Olavo de CarvalhoBig or small, moderate or extreme, every anticapitalist rebel, without exception, is a fake - not only in their stance, but to the very foundation of their personality, to the root of their life style.

     Olavo de Carvalho


A farsa radical
Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil
21 de junho de 2007
 The Radical Farce
Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil
June 21, 2007
O capitalismo distribuiu a imensas massas de classe média benefícios que antes eram privilégios da aristocracia. Mas a aristocracia pagava um alto preço por eles: era a casta guerreira, pronta a morrer no campo de batalha em lugar dos comerciantes e camponeses, isentos a priori de obrigação militar. Uma vida de liberdade e prazeres à sombra da morte iminente ou uma vida de trabalho e abstinência na relativa segurança da rotina econômica, eis as duas formas básicas de existência que, no seu equilíbrio mútuo, marcaram o repertório da humanidade ocidental até pelo menos o começo do século 19. Capitalism has distributed benefits to the masses of the middle class which used to be the privileges of the aristocracy. But the aristocracy used to pay a high price for them: it was the warrior class, ready to die on the field of battle in place of businessmen and peasants, exempt from military duty. A life of liberty and pleasure in the shadow of death or a life of work and abstinence in the relative security of economic routine; these were the two basic forms of existence which, in their mutual equilibrium, defined western human possibilities until at least the beginning of the 19th century.
Cento e poucos anos bastaram para que, em amplas áreas da superfície terrestre, não só o acesso a uma quantidade de bens materiais nunca antes imaginados, mas a liberdade e os meios para a busca de prazeres praticamente sem limites fossem abertos à pequena burguesia e à boa parte da classe trabalhadora, sem que a isso correspondesse um acréscimo de obrigações morais. Bem ao contrário, a demanda crescente de satisfações veio acompanhada de uma intolerância cada vez maior ao sofrimento e da revolta geral contra toda forma de "repressão". A eternidade e a morte desapareceram do horizonte, a primeira tornando-se uma ficção de outras épocas; a segunda, uma idéia indecente, proibida nas conversações saudáveis. Em pouco tempo a Europa e as Américas povoaram-se de uma nova classe de adolescentes crônicos, ávidos de sensações, rebeldes a toda limitação, desfrutando da obra dos séculos como se fosse um direito natural e vivendo cada dia como se fosse a data inaugural de uma espécie de eternidade terrestre. A hundred or so years were enough that, in large areas of the globe, not only access to a quantity of material goods never before imagined, but the liberty and the means to look for pleasure practically without limit, were available to the petty bourgeoisie and a good part of the working class, without a corresponding increase in moral obligation. On the contrary, the growing demand for satisfaction was accompanied by a growing intolerance and general disgust for every form of 'repression.' Eternity and death disappeared from the horizon, the first becoming a fiction from ages past; and the second an indecent idea, prohibited in healthy conversation. In a little while Europe and the Americas were inhabited by a new class of chronic adolescents, avid for sensation, rebelling at every limitation, enjoying the work of centuries as if it were a natural right and living every day as if it were the first day of a sort of earthly eternity.
Postiça, desequilibrada, fútil e baseada na ingratidão radical para com as gerações anteriores, essa forma de vida produziu uma tremenda acumulação de culpas inconscientes, as quais, não podendo recair sobre os culpados autênticos - que toleram a idéia de culpas ainda menos que a da morte - são projetadas de volta sobre a fonte de seus benefícios imerecidos. Daí o aparente paradoxo, tantas vezes notado, de que o ódio ao capitalismo não germine entre suas supostas vítimas, os pobres, mas justamente entre seus principais favorecidos: a classe média, os estudantes e intelectuais, o beautiful people da mídia e da moda, os filhinhos-de-papai que vão à universidade num BMW de US$ 100 mil e destroem o refeitório porque a comida não é de graça. Artificial, out-of-balance, futile, and based on radical ingratitude to previous generations, this way of living created a tremendous accumulation of unconscious guilt, which, without being able to be directed at authentic guilty parties - since they tolerated the idea of guilt even less than the idea of death - were directed back at the source of the undeserved benefits. Hence the apparent paradox, noted so many times, that the hatred of capitalism does not germinate among its supposed victims, the poor, but exactly among its most-favoured: the middle class, the students and intellectuals, the beautiful people of the media and fashion, the daddy's boys - who go to university in a hundred thousand dollar BMW and trash the cafeteria because the food isn't free.
Não há nisso paradoxo algum: há apenas a lógica implacável da projeção neurótica. A premissa oculta dessa lógica é o fato de que o verdadeiro pecado do capitalismo, a ruptura do equilíbrio natural entre prazeres e deveres, não pode ser denunciado. Tornou-se um tabu. É preciso então inventar culpas imaginárias, negar a realidade manifesta da prosperidade geral crescente e, num giro lógico formidável, imputar ao capitalismo até mesmo a miséria dos países socialistas. There is no paradox in this; there is only the implacable logic of neurotic projection. The hidden premise of this logic is the fact that the real sin of capitalism - the break in the natural balance between pleasures and duties - cannot be denounced. This has become a tabu. We have to invent imaginary guilt, negate the manifest reality of generally increasing prosperity, and in a formidable logical twist, attribute the miseries of socialism to capitalism itself.
Grande ou pequeno, moderado ou extremado, todo rebelde anticapitalista, sem exceção, é um farsante - não só nas suas atitudes exteriores, mas na base mesma da sua personalidade, na raiz do seu estilo de vida. Big or small, moderate or extreme, every anticapitalist rebel, without exception, is a fake - not only in their stance, but to the very foundation of their personality, to the root of their life style.

Dan Schumacher, Bowling GreenWikipedia: Antioch College, Yellow Springs, Ohio; Antioch University.

22/06/07, Diana Jean Schemo, It’s Anger, Not Nostalgia, at This Antioch Reunion, Source.

Be ashamed to die until you have won some victory for humanity.
     Antioch College motto.


The other day I left my key on the outside of my door on my way to work. This was the second time such a thing had happened within a few weeks and it upset me. (You can't get away with that kind of stuff very long in Brazil.) So I spoke to my friend, who said, "I have done the same thing myself, you need a keychain." Good advice and I have got one now. But she also brought up some interesting psychological interpretations, hypotheses, viz.: you have compartmentalized your life to avoid stress and the compartments are beginning to overlap; or, you are so sunk in despair that with this improbable action you are crying out for help, concern, and support; or, you are so lonely that you are making an unlikely gesture of invitation. (The relief, incidentally, came when she said, "I have done the same thing myself." :-)

I am already familiar with the unacceptability of grief, guilt, and death in polite conversation ... Carvalho's opinion piece A farsa radical touched me because at the nut of it there is indeed a grain of psychological salt, at least for certain teenagers, perennial and otherwise, some of whom happen to be running the planet just now.

Down.

sexta-feira, junho 22, 2007

Nuclear Waste

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

"It is also relevant that, when viewed in terms of a geological time frame, human institutions and agreed plans are not necessarily reliable."
     UNEP Report.


A-and no one has anything but foggy notions of what to do with it really, do they?

     [Me, I said that ...]


UNEP Nuclear Waste
That's 4.2 to the 5th (5 zeroes) cubic metres of just the high-level shit and 1.8 to the 9th (9 zeroes! two BILLION more-or-less) cubic metres of so called low-level stuff I bet you would not want to drink.

The other interesting graphic in this report (2004 data) shows where they have it and where they don't - Only safe retirement real estate looks to be in Africa ... well OK, or Greenland or Australia.

Dig it.

UNEP: Nuclear Waste: Is Everything Under Control ? (damned pdf!)
UNEP Publications February 2007 (Source).

"In the United States [just in the United States he says - typical American ...] listening to money is the only way to secure re-election. And so an economy of influence bends public policy away from sense, always to dollars."
     Lawrence Lessig.


Down.

quarta-feira, junho 20, 2007

Rua Visconde de Itaboraí

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

I.

Walking down Rua Visconde de Itaboraí in and out of Ponta D'Areia, about halfway to the shipyard, there is an old man, a very very old man, frail almost to transparency. He sits most of the day in a deck-chair on the sunny side of the street folding paper cranes and boats and water baloons for the children. When he goes home at night, not far, to a house just across the street, he leaves a little collection on a step for the kids to take. I told him what a pleasure it was for me to see these things and he smiled and offered some to me. :-)

II.

She staggered around in front of the shipyard for a few days - a dying dog.

And then one day there was a dead dog lying in the road - at least that is what it looked like - but when I got closer I could see that she was still breathing, barely. I was on my way somewhere and when I came back she was still there against the shipyard wall in the sun, not moving. I thought ... starving? heart worm? who knows? I thought ... I will go and get some dog food at the market and put it out for her ... or better still I will give R$5 to the kid at the food stand to go and do it ... and then I noticed that he was already looking at her and talking to his mother (I presume she is his mother). I let it go.

Next day she was still there but there was a paper bag with spaghetti and sauce in it beside her head and she was under a bush. I forgot about it.

Then on Friday I saw a dog sleeping beside the parts shed - it was her. She got up and limped out through the gate, over to the food stand. the kid gave her a pat and a chunk of something to eat. Redemption.

Down.

Bone Heads

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home

terça-feira, junho 19, 2007

Goddamatch?

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

Occam's Razor / Ockham's razor.

Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem.
Entities should not be multiplied beyond necessity.

Numquam ponenda est pluralitas sine necessitate.
Plurality ought never be posed without necessity.

All things being equal, the simplest solution tends to be the best one.


(See Below, for first frame.)
Mano a Mano Diógenes
:- The way it's going with global warming ...
:- ... in a little while everyone will be eating roast meat!
:- ... from the cow stuck in the (hot) swamp.

Mano a Mano Diógenes
:- Some people think this global warming thing is finicky ...
:- You're the finicky ones. Bunch of stupes!
:- Wait till your tail gets hot!

Goddamatch was a light-show crew that travelled with a BC rock-n-roll coalition called Brain Damage. They showed up at Simon Charlie's Festival of the Sun in 1973 or maybe it was 1974. Maybe too, there was a connection with Roger Waters/Pink Floyd's tune Brain Damage which came out about that time, I dunno.

Basically it was some coloured fluid between two clear plastic sheets projected on whatever surface was available, manipulated with fingers and so forth to the rhythm of the music.

Goddamatch was one of those sayings that stuck, like, 'It's Trudeau / It's True Though' in Newfoundland; like, 'Are we having fun yet?'

I am getting a bunch of spam lately for something called Wondercum; I can guess what it is but ... yeah, it has that linguistic pastiche ... makes me curious.

Quickly & without thinking - which of these words is really a word? : turgescence, tumescence;

Not sure of that one? OK, which of them means 'swelling'?


Down.

segunda-feira, junho 18, 2007

What to call it? Potpourri?

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

Always appreciated Rowan & Martin ...

Tuesday June 19 2007

Verlyn Klinkenborg
"We love to finally care when the death watch is on. It makes us feel so very human."
     Verlyn Klinkenborg.


19/06/07, Verlyn Klinkenborg, Millions of Missing Birds, Vanishing in Plain Sight, Source.

19/06/07, NYT Editorial, Crunch Time on Energy, Source.
It will be interesting to see what falls out of the US Senate after a week or two ... and sooner than I thought, "constructive, if modest" they say:
23/06/07, NYT Editorial, Signs of Energy, Source.

Meanwhile, the k-k-k-Canadians contemplate the 50 horses running around their belly-buttons:
Public Safety Minister wants to see 'fresh breezes blowing through' troubled force after scathing report on its leadership.

Fresh breezes (!?) Hah! Fat Chance!

18/06/07, Gloria Galloway, 'Broken' RCMP will be fixed, Ottawa vows, Source.
19/06/07, Editorial, To bring openness to the Mounties, Source.

A-and just a gold ol' rant:
19/06/07, Margaret Wente, Are you feeling safer now?, Source.

Monday June 18 2007

“A camel is delivering a baby today
and the milk of the camel is coming,
Who is the owner of this land?”

     song from the Ogaden Desert, Ethiopia.


Congo: 18/06/07, Nicholas D. Kristof, Dinner With a Warlord, Source.

Ethiopia: 18/06/07, Jeffrey Gettleman, In Ethiopian Desert, Fear and Cries of Army Brutality, Source.

“Me, I am old,” she said, “but they raped me, too.”

Down.

sábado, junho 16, 2007

Identity

See just this Post & Comments / 2 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

There are two related groups of meanings for this word: the first, around personality - 'the condition of being oneself or itself, and not another,' or 'the sense of self, providing sameness and continuity in personality over time;' and the second, used in mathematics and logic, 'an equation that is valid for all values of its variables,' or 'an assertion that two terms refer to the same thing' (eg. i=i).

I and I
In creation where one's nature neither honors nor forgives.
I and I
One says to the other, no man sees my face and lives.

     Bob Dylan, I and I, 1983.


Pato Ciça:- In this country everyone is born free and with equal rights before the law.

:- ... Later on, everyone has to turn themselves around.


Popeye I yam what I yamI say these groups of meaning are related because the first seems to me to be a human-related metaphor of the second.

Frye says something, which I quoted here recently, on the notion of a state 'in which the vision of gods comes back in the form of a sense of identity with nature, where nature is not merely to be studied and lived in but loved and cherished, where place becomes home.' This idea is a central one in his book The Double Vision.

Then one night recently I was out with friends talking about James Lovelock's Gaia, and it came to me quite strongly that the fallacy in Lovelock's thinking is simply that he has mistaken a metaphor for an identity. That the earth is a single living organism is a beautiful thought - but it is a fiction. News reporters have made much of carrying it to extreme positions; for example that global warming is Gaia's immune reaction trying to eliminate the human virus. This is nonsense, but it is compelling nonsense because it brings us back round to (possibly) feeling guilty (in a biological sense of course since the concept of living in a 'moral universe' is anathema to these same 'newspersons' and those they lead).

A-and there had to be a fallacy in Lovelock's thinking - how else could he get from Gaia to promoting nuclear energy?

Green ManGreen Man BurtonGreen Man CanterburyGreen Man DunblaneGreen Man LudlowGreen Man Worcester
Various Green Man images - who would be the Iron John of the next decade, my bet.

The mystery of symmetry; of a circle or sphere with infinite rotational symmetry groups; of a geometric point which we tend to represent with circles and spheres; and so on ... had made the second group of meanings for identity dominant in my thinking. Until another night recently when I was talking with some women about Candomblé and their personal identifications with their Orishas; and the way this works itself out in the practice of that religion - where each individual belongs to one of the 16 Orishas and is occasionally 'taken over' or 'occupied' or 'possessed' by the spirit of it.

And I remembered Thomas à Kempis' The Imitation of Christ, and Bunyan's The Pilgrim's Progress, and an argument for the existence of God coming from the question: How can it be that human beings, almost without exception, know the difference between right and wrong?

John Bunyan Pilgrim's ProgressI was roundly mocked by my friends of the time when I revealed my answer to this question, viz. 'Jesus must be alive and living in our hearts.' It makes me smile to think of this because the secular answer to the question hinges on identifying with the experiences of another human being, compassion and the like, which is no more than another expression of the same but with Jesus excised from the equation. There's that pesky I-word again.

John Bunyan Pilgrim's ProgressJohn Bunyan Pilgrim's ProgressIn any event, that human religions operate at the level of identity is obvious, which shows (at the very least) the great human need to identify with something. :-)

I witnessed my mother as she was taken over by Alzheimer's, from an intimately close position. I do not say destroyed, because at the end of the process and for almost a year before her death, she seemed to have achieved some kind of satori though it was far from an awakening.

All this to say that maybe identity is not the be-all and end-all. Another ubiquitous yet tantalizing tendency, like pi and tau (the divine proportion), like love itself.

See also Russel Hoban's Riddley Walker with his Littl Shining Man and his 'wan big wan'; and Kurt Vonnegut in his Man Without a Country when he talks about PPs, psychopathic personalities and 'C-Students from Yale.'

At a recent U2 concert in Glasgow, Scotland, Bono, the lead singer of the band U2, asked the audience for total quiet. Then, in the silence, he started to slowly clap his hands, once every few seconds.

Holding the audience in total silence, he said into the microphone, "Every time I clap my hands, a child in Africa dies."

A voice with a broad Scottish accent from the front of the crowd pierced the quiet ... "Well, foockin stop doin it then ya evil basturd!"


Tags: , , .
Down.

terça-feira, junho 12, 2007

O Google da energia

See just this Post & Comments / 2 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

Until I get a chance to complete this please know that it is NOT an endorsement of Daniel Yergin's views by any stretch, he is maybe another newsman who has graduated to super-pundit, at least while he is in Brazil, his greatest achievement so far being a Pulitzer prize (I think), and he is looking pretty smug in the few pictures I can find of him. It looks to me like he is basically trying to sell investment advice to people who have far too much money and not enough sensibility.

Daniel YerginDaniel YerginDaniel Yergin

More to come on Daniel Yergin ...


12/06/07, Arifa Akbar, Hockney fumes at the 'dreary people' threatening his beloved habit, Source.

David Hockney
"I might point out Turner smoked, it was a fairly common habit among great artists; Monet smoked, and he died at 86. Picasso and Matisse smoked, and lived to a ripe old age. They didn't have dreary people telling them what to do. I shall just carry on.

I am appalled at it actually - they are treating us like children. I'm not a schoolboy. Brown thinks he's a prefect and I can't smoke behind the cricket pavilion.

I work outside so it won't affect me - unless they start putting non-smoking signs on trees."

     David Hockney.


Gilles VigneaultA-and being as it is Dia dos Namorados, I give you a beautiful bit of Gilles Vigneault:

Pendant que As long as
Pendant que les bateaux
Font l'amour et la guerre
Avec l'eau qui les broie
Pendant que les ruisseaux
Dans les secrets des bois
Deviennent des rivières
Moi, moi, je t'aime; Moi, moi, je t'aime.
 As long as boats
Make love and war
With the water that grinds them
While brooks
In the secrets of forests
Become rivers
I love you, I will love you.
Pendant que le soleil
Plus haut que les nuages
Fait ses nuits et ses jours
Pendant que ses pareils
Continuent des voyages
Chargés de leurs amours
Moi, moi, je t'aime; Moi, moi, je t'aime.
 As long as the sun
Above the clouds
makes his nights and days
While such things
Continue voyaging
Loaded with their loves
I love you, I will love you.
Pendant que les grands vents
Imaginent des ailes
Aux coins secrets de l'air
Pendant qu'un soleil blanc
Aux sables des déserts
Dessine des margelles
Moi, moi, je t'aime; Moi, moi, je t'aime.
 As long as high winds
Imagine wings
In secret corners of the air
While a white sun
On desert sands
Designs edges
I love you, I will love you.
Pendant que les châteaux
En toutes nos Espagnes
Se font et ne sont plus
Pendant que les chevaux
Aux cavaliers perdus
Traversent des montagnes
Moi, moi, je t'aime; Moi, moi, je t'aime.
 As long as the castles
In all of our Spains
Are built and are no more
While the horses
Of lost cavaliers
Wander in the mountains
I love you, I will love you.
Pendant qu'un peu de temps
Habite un peu d'espace
En forme de deux cœurs
Pendant que sous l'étang
La mémoire des fleurs
Dort sous son toit de glace

Moi, moi, je t'aime; Moi, moi, je t'aime.
 As long as a little time
Lives in a little space
In the form of two hearts
While under the pond
The memory of flowers
Sleeps under a roof of ice

I love you, I will love you.

Daniel Yergin
"A energia virou uma fonte de tensão entre os países como fazia muito tempo não se via. A segurança é o grande desafio internacional do setor de energia neste início de século."

Energy has become a source of tension between countries such as we have not seen for a long time. Security is the big international challenge for the energy sector at the beginning of this century.



O Google da energia
Revista Veja, edição 2012, 13 de junho de 2007,
Gabriela Carelli.
O maior especialista em petróleo do mundo diz que, por trás do discurso verde, os investidores querem mesmo é achar a nova mina de ouro do setor energético.

EEE
O economista americano Daniel Yergin, de 68 anos, é considerado a maior autoridade mundial em energia. Dono da Cera, uma empresa de consultoria e pesquisas do setor energético, ele é o número 1 na lista quando investidores, empresários e chefes de estado precisam de opiniões antes de tomar decisões estratégicas nessa área. Com formação acadêmica também em literatura, Yergin adquiriu fama ao publicar o livro O Prêmio: a Busca Épica por Petróleo, Dinheiro e Poder, com o qual ganhou o Prêmio Pulitzer em 1992. Na semana passada, Yergin esteve no Brasil para participar de um encontro internacional em que se discutiram as chances do etanol no mercado mundial de combustíveis: "Em três anos, o etanol brasileiro vai virar um importante produto de exportação". Em sua passagem por São Paulo, Yergin recebeu VEJA para uma entrevista, interrompida duas vezes por seu celular. Do outro lado do mundo, assessores tentavam confirmar sua reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, no dia seguinte.

EEE
Veja - A escassez de petróleo e a busca por novas fontes de energia são hoje preocupações globais. Como os governos devem agir diante dessas questões? Veja -
Yergin – Nos próximos vinte anos, a demanda crescente por energia e as conseqüências do aumento do consumo serão grandes desafios. Lidar com eles de forma adequada é essencial para evitar uma crise no abastecimento global. Hoje, porém, os principais riscos não estão no subsolo, mas na superfície. A maior ameaça é a volta do uso da energia como arma política em nome do nacionalismo. É o que chamamos de nacionalismo energético. Esse tipo de atitude desencadeou o embargo promovido pelos países árabes em 1973 e culminou na primeira crise do petróleo da segunda metade do século passado. Hoje, o governo russo controla quase toda a energia de seu país e a Europa é totalmente dependente do gás russo. Na América Latina, Venezuela e Bolívia nacionalizaram o petróleo e o gás. O Irã, o segundo maior produtor de petróleo do Oriente Médio, usa suas reservas para proteger seus interesses políticos. A energia virou uma fonte de tensão entre os países como fazia muito tempo não se via. Essa politização, aliada aos altos preços do gás e do petróleo, deixa o sistema altamente vulnerável. Isso é muito perigoso. Os países exportadores de petróleo e gás ficam em posição privilegiada.

Yergin

Veja – No ano passado, o ex-vice-presidente americano Dick Cheney acusou a Rússia de utilizar suas reservas de gás e petróleo como "instrumentos de intimidação e chantagem". O uso da energia como arma política está se acirrando? Veja -
Yergin – Não acredito que a China e os Estados Unidos iniciem uma guerra por causa de energia. Também acho improvável que a posição privilegiada da Rússia como detentora de gás e petróleo provoque uma guerra com a Europa, muito menos uma nova Guerra Fria. Mas está em curso uma reorganização geopolítica. Os russos estão mais próximos dos chineses. Quais são as implicações futuras dessa aproximação? É difícil saber. Qualquer previsão seria especulação. O importante é estar atento ao fato de que há uma mudança no controle das matrizes energéticas e que essa alteração significa um risco. Por isso, é necessário despolitizar rapidamente a energia. A segurança é o grande desafio internacional do setor de energia neste início de século.

Yergin

Veja – Como lidar com esse cenário de forma a evitar conflitos? Veja -
Yergin – A procura por fontes energéticas que sirvam de alternativa ao petróleo é hoje uma unanimidade entre os países. Essa é uma política correta, que tem contado com investimentos no setor de energia sem paralelo na história. O problema é que todas essas fontes alternativas custam caro e leva tempo para que sejam desenvolvidas e implementadas.

Yergin

Veja – Se a segurança é a principal preocupação do setor energético, por que os investidores que apostam em projetos verdes preferem falar em salvar o planeta? Veja -
Yergin – Há certa dose de marketing no discurso dos investidores quando eles repetem os argumentos dos ambientalistas. Seria leviano negar que exista entre eles uma preocupação real com o aumento da temperatura da Terra e com a deterioração do ambiente. No fundo, porém, a preocupação com a segurança é a prioridade que os faz investir em novas formas de energia. É também por isso que o etanol desperta tanto interesse. A tecnologia para produzi-lo está pronta e ele já se provou economicamente viável para substituir, em parte, os combustíveis à base de petróleo.

Yergin

Veja – O consumo de energia tende a aumentar de forma exponencial com o crescimento de países como a China e a Índia. Que efeitos terá esse aumento mundial da demanda por energia? Veja -
Yergin – Um estudo de nossa consultoria mostra que em 2030 o consumo de energia no mundo será 75% maior do que é hoje. A demanda por petróleo, por sua vez, será 50% maior. Os números são assombrosos e realmente preocupam. China e Índia precisarão de muito combustível para continuar no mesmo ritmo de crescimento econômico de hoje. O aumento de renda de suas populações, que saltam rapidamente da pobreza para a classe média, é outra agravante. Quanto maior o poder aquisitivo de uma população, maiores o número de automóveis nas ruas e o consumo geral de energia.

Yergin

Veja – Especialistas afirmam que as reservas de petróleo poderão se esgotar em poucas décadas. Como o mundo enfrentará a escassez do mineral? Veja -
Yergin – Crises energéticas já foram anunciadas inúmeras vezes, assim como a morte do petróleo. Até agora, nada disso aconteceu. Mas o discurso fatalista persiste mesmo entre especialistas no assunto. Ignoram-se as conquistas que a tecnologia já proporcionou e ainda vai proporcionar futuramente. Novas tecnologias permitiram que os Estados Unidos dobrassem sua produção de energia desde a década de 70. Por que não a dobrariam nos próximos trinta anos? Em meu próximo livro, comento o programa brasileiro do etanol, também resultado de avanços tecnológicos notáveis. Nos anos 70, o Brasil tinha de importar quase todo o petróleo que consumia. Hoje, movido por avanços científicos, o país não só é auto-suficiente em petróleo como é pioneiro na sua exploração em águas profundas.

Yergin

Veja – O petróleo não vai acabar? Veja -
Yergin – O petróleo não vai desaparecer. Ciclos de abundância e escassez se alternam ao longo da história. Já em 1880 alguém anunciou o fim do petróleo. O mesmo aconteceu ao fim das duas guerras mundiais. Nos anos 70, o esgotamento das reservas foi novamente dado como certo. A teoria do pico do petróleo, segundo a qual a produção atingirá o ápice em breve para depois declinar rapidamente, não se sustenta. Ao formular essa teoria, nos anos 50, o geólogo M. King Hubbert não poderia saber que, no futuro, a tecnologia iria permitir a exploração de poços de petróleo dados como esgotados. Nossos cálculos apontam um crescimento contínuo na produção de petróleo até 2030 e, depois disso, uma estabilização. Isso envolve o uso de petróleo não convencional, como o encontrado no Canadá na forma de areia betuminosa e o petróleo de águas profundas. De fato, não há uma profusão de novos poços no planeta. Mas as técnicas desenvolvidas recentemente permitem aos pesquisadores conhecer melhor os poços e aproveitar ao máximo sua capacidade. Os depósitos de petróleo não são infinitos, mas estamos longe de um colapso. Análises feitas em poços do mundo inteiro mostram que a capacidade de produção pode aumentar em até 25% na próxima década.

Yergin

Veja – O carvão, um dos combustíveis fósseis mais usados no mundo, é altamente poluente. A dependência mundial do carvão é para sempre? Veja -
Yergin – O carvão é uma espécie de espinha dorsal da economia mundial, embora seja pouco relevante no Brasil. Mais de 40% da eletricidade consumida no planeta vem do carvão. Um exemplo concreto dos desafios que enfrentamos em relação aos combustíveis fósseis está na China. Hoje, duas novas usinas termelétricas a carvão são erguidas por semana em território chinês. O problema é que não há substituto para o carvão. Ainda existem grandes reservas do produto no mundo, e sua demanda só faz aumentar. A única forma de substituí-lo sem perdas para as economias é encontrar uma tecnologia para desenvolver o chamado "carvão limpo", uma forma de queimá-lo sem produzir tantos gases tóxicos.

Yergin

Veja – As usinas nucleares não seriam uma alternativa ao carvão? Veja -
Yergin – Sim. As usinas nucleares são a melhor opção para produzir energia sem impactos negativos no aquecimento global. O problema é que elas ainda inspiram muito medo e não são bem-vistas pela opinião pública.

Yergin

Veja – Que papel está reservado ao etanol na composição da matriz energética mundial? Veja -
Yergin – Nossa expectativa é que 20% da frota mundial de veículos em 2030 esteja sendo movida a biocombustíveis, entre os quais o etanol de cana, brasileiro, o etanol de milho, americano, e o biodiesel, cujo maior produtor mundial é a Alemanha.

Yergin

Veja – Como o senhor vê as críticas segundo as quais a produção de etanol, a partir da cana-de-açúcar e do milho, poderá desequilibrar o setor agrícola dos países que a adotam, agravando o problema da fome nas nações pobres? Veja -
Yergin – Não posso afirmar que a produção de etanol provocará fome, como garantem alguns economistas, mas sem dúvida combinar os interesses de setores tão poderosos quanto o energético e o agrícola é algo muito complicado. Nos Estados Unidos, o uso do milho para a produção de combustível já está causando problemas. Ao transformarem em etanol boa parte dos grãos que produzem, os americanos podem desestabilizar setores de sua economia. A diminuição da oferta de milho no mercado já provocou o aumento de sua cotação em até 50% nas bolsas americanas. O aumento do preço da mercadoria é ótimo para os fazendeiros, porém ruim para o mercado em geral. Não é só o preço do milho que aumenta, mas o de todos os produtos que o utilizam, como cereais, refrigerantes e alimentos processados.

Yergin

Veja – Há o risco de ocorrer o mesmo no Brasil com relação à cana-de-açúcar? Veja -
Yergin – Não. O caso brasileiro é diferente. O uso da cana para a fabricação de álcool não afeta diretamente a economia agrícola. A produtividade das plantações é alta e não é preciso sacrificar a oferta de alimentos a fim de produzir etanol.

Yergin

Veja – Que vantagens o etanol brasileiro apresenta em relação aos demais biocombustíveis? Veja -
Yergin – O Brasil é hoje uma espécie de laboratório de uma mudança global no setor energético e precisa se dar conta disso. Não há concorrentes à altura do etanol brasileiro. Além de produzi-lo a um custo muito baixo, o país tem trinta anos de experiência em seu uso como combustível. Isso vale muito. Nos últimos dias, por estar no Brasil, recebi centenas de e-mails de empresários e investidores europeus e americanos interessados no programa brasileiro de etanol. Eles queriam saber das novidades no setor e das possibilidades reais de negócios. O Brasil está naquela situação especial de "a pessoa certa na hora certa". Se o governo brasileiro tomar as medidas necessárias, em três ou quatro anos o etanol da cana se tornará um importante produto no mercado mundial.

Yergin

Veja – Americanos e europeus investem hoje em pesquisas para produzir etanol de celulose, feito com dejetos vegetais, restos de madeira e até capim. Isso representa uma ameaça à liderança brasileira na produção de etanol? Veja -
Yergin – Tudo dependerá de como o governo brasileiro vai se posicionar no mercado internacional com relação ao etanol. O mais importante agora é investir na diplomacia. O governo terá de usar sua credibilidade para construir alianças sólidas no campo dos combustíveis. O presidente Lula mostrou disposição para isso em sua recente viagem à Índia. Estimamos que, daqui a duas décadas, a América Latina produzirá 78% do biocombustível exportado para outros países. A maior parte desse volume será produzida no Brasil. Se a diplomacia brasileira for bem conduzida, nossas previsões vão se concretizar.

Yergin

Veja – Investir em projetos ligados ao meio ambiente é a atual febre de Wall Street. O excesso de investimentos pode ser o início de uma bolha nos mesmos moldes da bolha da internet em 2000? Veja -
Yergin – Nunca se investiu tanto em energias alternativas quanto hoje. Há muito dinheiro em jogo e é impossível antecipar o que vai acontecer no mercado financeiro. Mas, sempre que o mercado mostra tamanha efervescência, uma mudança significativa está prestes a acontecer. Veja como a internet mudou a vida das pessoas, como transformou o mundo. Muita gente pode perder dinheiro na onda verde. Haverá decepções e corações partidos. Por enquanto, isso não é uma preocupação, e todos só pensam em descobrir o Google da energia. EEE

Sources: Biodiesel, Biocombustível e Agroenergia, 50 cents dollar.

Tags: , .
Down.

segunda-feira, junho 11, 2007

World Government Might Work (!?) wtf?

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

Mano a Mano 07-06-11
:- This Global Warming is serious stuff!
:- It won't be enough just to turn up the air-conditioner!
:- The cow's in the swamp with the bull with the melted horn! (Brazilian expression meaning we're at the end-of-the-line, 'gone to hell in a handbasket' as it were).


G8 World Leaders?

11/06/07, Markus Feldenkirchen & Dirk Kurbjuweit & Christian Reiermann, A World Government?, Source.

My first reaction to this Spiegel article was unprintable; then I thought, 'Are they nuts these authors?'; my third was, 'Who wrote this article really and for whom?'

The G8 meeting at Heiligendamm was a pitiful farce - and I came to this before the public rantings of Bono Vox & Bob Geldof made the news. There was no substance in any of it; not in the climate change statement which I read several versions of; not in the crocodile handwringing over Africa; not Putin threatening Europe with missles.

Nonsense ... highschool pranks ... fucking bullshit! The Walrus and the Carpenter have nothing on these cunts and wankers! (Pardon my language if you will ... or not; but that is really 'where it's at' (man).)

Down.

domingo, junho 10, 2007

Luiz Inácio da Silva / Getúlio Dornelles Vargas

See just this Post & Comments / 0 Comments so far / Post a Comment /   Home
Up, Down.

"Hoje acham graça, riem na nossa cara, não observam nem o decoro, nem a decência e não têm nem mesmo a hipocrisia de aparentar inocência e tentar inventar uma boa desculpa. Nem precisa. Qualquer porcaria serve, porque a absolvição já é garantida."

Today they think they are cute, they laugh in our face, they do not observe the least decorum, nor any decency, they do not even indulge in hypocritical claims of innocence or try to invent a good story. There is no need. Any nonsense will suffice since absolution is already guaranteed.


Dize-me com quem andas ...
Fritz Utzeri, Jornal do Brasil.
 Tell me with whom thou walketh ...
Há algo estranho em Luiz Inácio da Silva. O termo "tefal", usado para designar FH quando os escândalos pareciam não atingi-lo, é pouco para caracterizar a invulnerabilidade do Molusco. Ele deve ter nascido com um campo de força à sua volta, desses de ficção científica. Nada o atinge, por mais que esteja no centro da ação. Senão, como explicar que a cada novo escândalo em seu entorno imediato, sua popularidade se mantém inabalada ou até cresce? Bem, lulas e outros cefalópodes são naturalmente escorregadios e velozes, daí ser difícil grudar algo neles. There's something strange about Luiz Inácio da Silva. The term 'teflon', used to describe Fernando Henrique when scandals seemed not to touch him, is insufficient to characterize the invulnerability of 'The Clam'. He must have been born with a force-field around him, one of those science-fiction things. Nothing touches him, even though he's at the centre of the action. How else are we to explain that with each scandal in his immediate circle, his popularity continues unchanged and even increases? Well, squid and other cephalopods are naturally slippery and quick, it is difficult to get a grip on them.
Ou então estamos diante do máximo da alienação, coisa de Muito além do jardim, aquele filme com Peter Sellers no qual ele era um perfeito abobado cujas platitudes o transformaram num guru. Se fosse verdade, teríamos que admitir que o presidente da República é o pior avaliador de homens que já existiu. Alguém que desmoraliza até a sabedoria popular, na qual tanto se apóia em suas metáforas. Quer dizer que nossos avós erravam quando diziam: "Dize-me com quem andas e eu te direi quem és"? So then, we are confronted with maximum alienation, like 'Being There' the Peter Sellers film in which he plays a perfect fool whose platitudes transform him into a guru. If it were true, we would have to admit that the President of the Republic is the worst judge of character who ever was. Someone who even devalues the popular wisdom which underlies so many of his metaphors. Does that mean that our grandfathers were mistaken when they said, "Tell me who you walk with and I will tell you who you are"?
Difícil é crer nessa imagem alienada. O presidente é inculto, mas está muito longe de ser burro. Diria até que é muitas vezes mais inteligente que seu antecessor, FH. E nos escândalos mais recentes, demonstra que já está aprendendo a lidar de forma competente com eles, um verdadeiro mestre da enganação. Com duas faces, uma furibunda pouco conhecida a não ser pelos assessores, e outra para uso externo, geralmente bem humorada e sagaz. It is difficult to believe in this alienated vision. The President is uncouth, but he is very far from stupid. I would say that he is many times more intelligent than his predecessor Fernando Henrique. And in the most recent scandals he demonstrates that he has leaned to be a competent leader, a veritable maestro of misinformation. With two faces: one furious though little known except to his acomplices; and the other for 'external use only' - good humoured and wise.
Os envolvidos mais recentes nas tramóias são o próprio irmão e o compadre de Luiz Inácio. O mano mais velho, Vavá, foi pego mordendo bingueiros em troca de influência. Coisa rasteira que, se vendeu, não entregou. Ladrão de galinha, por suas próprias limitações, sujou-se magro. Bem que o mano mais novo disse que ele "não tem cabeça pra fazer lobby". Tudo nessa história é estranho. Por que desencadear a Operação Xeque-Mate (que rei morreu?) justo quando o presidente está no exterior? Por que tanto estardalhaço com o pobre do Vavá? Muito mais sério foi o que ocorreu com o Lulinha ... Those involved in the most recent schemes are his own brother and the very Godfather of Luiz Inácio himself. The older brother, Vavá, was caught taking a bite out of the bingo halls in exchange for influence. A trip-up that he sold himself, but did not deliver. A chicken thief who through his own limitations fails to benefit from his crimes. Nice that the younger brother says of him, "he doesn't have a head for lobbying." Everything in this story is strange. Why unleash operation Check-Mate (which king was lost?) just when the President is travelling abroad? Why so much surprise with poor little Vavá? What happened with little-Lula was much more serious ...
Se malandro fosse magnético, Luiz Inácio seria um ímã poderoso. A lista de gente não recomendável nas imediações do presidente é de estarrecer. Vejam o compadre Dario Morelli Filho (batizou um dos filhos do presidente), foi preso pela PF na Operação Xeque-Mate, por seu envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, cujo capo, Nilton César Servo, é amigo de Vavá e Dario. If cheating were magnetic, Luiz Inácio would have a powerful pull. The list of unreliable people in his immediate cirle is startling. The Godfather Dario Morelli Filho (who baptized one of the sons of the President), was arrested by the Federal police in Operation Check-Mate, for his involvement with the slot-machine mafia, whose leader, Nilton César Servo, is a friend of both Vavá and Dario.
Em escândalos mais antigos tivemos Oswaldo Bargas, marido da secretária do presidente; o churrasqueiro Jorge Lorenzetti, assessor especial de Luiz Inácio durante 17 anos; Paulo Okamoto, tão amigo que pagou uma dívida de R$ 29 mil e jamais cobrou do Molusco (ninguém me arranja um amigão desses!). E isso para não falar de Dirceu, Gushiken, Delúbio, Palocci (que acaba de ter os direitos políticos cassados por irregularidades como prefeito de Ribeirão Preto); Silvio Pereira, Berzoini, Genoino, Duda Mendonça, Humberto Costa, Silas Rondeau e Renan Calheiros. In older scandals we had Oswaldo Bargas, husband of the President's secretary; the barbecue-man, Jorge Lorenzetti, special advisor to Luiz Inácio for 17 years; Paulo Okamoto, such a good friend that he paid a 29,000R$ debt with no charge to the Squid (no one arranges such good friends for me!). And this without mentioning Dirceu, Gushiken, Delúbio, Palocci (who lost his political clout through irregularities with the Mayor of Ribeirão Preto); Silvio Pereira, Berzoini, Genoino, Duda Mendonça, Humberto Costa, Silas Rondeau and Renan Calheiros.
Razão tinha o "quase-futuro- será-que-assume?" secretário da Sealopra, Mangabeira Unger, ao escrever que o atual governo é o mais corrupto da História. Em 1954, a UDN golpista denunciava a existência de um "mar de lama no Catete". Era uma pocinha perto do que vemos hoje, mas o único político brasileiro que tinha vergonha na cara se matou. Hoje acham graça, riem na nossa cara, não observam nem o decoro, nem a decência e não têm nem mesmo a hipocrisia de aparentar inocência e tentar inventar uma boa desculpa. Nem precisa. Qualquer porcaria serve, porque a absolvição já é garantida. The 'almost-future-he-who-will-become' secretary of the Loose-Cannon Club, Mangabeira Unger, was right when he wrote that the current government is the most corrupt in Our History. In 1954, a UDN schemer denounced the existence of a 'sea of mud in Catete' (the home of Getúlio Vargas). That was a mere puddle beside what we see today, but the single Brazilian politician to show shame on his face about it killed himself. Today they think they are cute, they laugh in our face, they do not observe the least decorum, nor any decency, they do not even indulge in hypocritical claims of innocence or try to invent a good story. There is no need. Any nonsense will suffice since absolution is already guaranteed.

Getúlio_Vargas (English), Getúlio_Vargas (Português).

Getúlio VargasGetúlio VargasGetúlio VargasGetúlio VargasGetúlio Vargas


carta-testamento de Getúlio Vargas,
24 agosto de 1954,
 Carta Testamento of Getúlio Vargas,
August 24, 1954
Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Once more the forces and interests that oppose the people have been organized and are unleashed upon me. Rather than accuse me, they insult me; they do not fight me, they vilify me and do not allow me the right to defend myself. They must drown my voice and impede my actions so that I shall not continue to defend the people as I always have, especially the humble.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. I follow my destiny. After decades of domination and plunder by international economic and financial groups, I placed myself at the head of a revolution and won. I began the work of liberation and I restored a regime of social freedom. I had to resign. I returned to the Government on the shoulders of the people.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. The underground campaign of international groups allied with rebellious national groups that opposed the program of guaranteed employment. The extraordinary profits law was held up in Congress. Hatred was unleashed against the just revision of the minimum wage.
Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente. The potentialization of our resources through Petrobrás would create national freedom; this had hardly begun to operate when the wave of agitation swelled. Eletrobrás was obstructed to the point of desperation. They do not want the worker to be free. They do not want the people to be independent.
Assumi o governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder. I assumed the Government in the midst of an inflationary spiral which was destroying the value of work. Profits for foreign companies were reaching as much as 500 percent per year. In declaration of import values, evidence showed frauds of more than $100 million per year. With the coffee crisis, our main product increased in value. We tried to defend the price, and the response was violent pressure on our economy until we were obliged to yield.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. I have fought month by month, day by day, hour by hour, in resistance to constant, incessant pressure, bearing everything in silence, forgetting everything, yielding myself in order to defend the people who, if I fail, are abandoned. There is nothing more I can give you except my blood. If the birds of prey want someone's blood, if they want to go on draining the Brazilian people, I offer my life as the holocaust.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater a vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. I choose this way to be always with you. When they humiliate you, you will feel my soul suffering by your side. When hunger knocks at your door, you will feel in your breast the energy to fight for yourselves and for your children. When you are slandered, my memory will give you the strength to respond.
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com perdão. My sacrifice will keep you united and my name will be your fighting flag. Each drop of my blood will be an immortal flame in your conscience and will maintain the sacred will to resist. To hatred I reply with pardon.
E aos que pensam que me derrotam respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo, de quem fui escravo, não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do seu resgate. And to those who think they have defeated me, I reply with my victory. I was a slave to the people, and today I free myself for eternal life. But this people, to whom I was slave, will no longer be slave to anyone. My sacrifice will be forever in its soul and my blood will be the price of its ransom.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história. I fought against the exploitation of Brazil. I fought against the exploitation of the people. I have fought with my whole heart. Hatred, infamy and slander have not conquered my spirit. I gave my life to you. Now I offer you my death. I fear nothing. Calmly I take the first step toward eternity and leave life to enter History.

Tags: , , .
Down.